| ApresentaçãoDIREITO  PENAL  Aproximación al  delito de trata de seres humanos en el Código Penal EspañolAntonia Monge Fernández
  Resumen: Este  trabajo estudia el delito de trata de seres humanos del artículo 177 bis CP,  tras la reforma penal por LO 1/2015, destacando las principales novedades  introducidas en la misma, desde una perspectiva crítica. En este estudio se  analiza el tipo básico del delito, atendiendo al bien jurídico, la conducta  típica, los sujetos y los medios comisivos típicos y, finalmente, el tipo  subjetivo, constituido por las distintas finalidades de explotación. En segundo  lugar se abordará la exégesis de los tipos agravados, tratando de fundamentar  tal exasperación punitiva. En el análisis dogmático de esta figura delictiva se  prestará especial atención a la irrelevancia del consentimiento de la víctima,  la punibilidad de los actos preparatorios, la autoría y la participación, los  controvertidos problemas concursales, la reincidencia internacional y, finalmente,  la excusa absolutoria para la víctima de trata de seres humanos.  Abstract: This paper studies the crime of human  trafficking of article 177 bis CP, after the criminal reform by LO 1/2015,  highlighting the main novelties introduced in it, from a critical perspective.  In this study, the basic type of crime is analised, taking into account the  juridical good, the typical behavior, the subjects and the typical commissary  means and, finally, the subjective type, constituted by the different purposes  of exploitation. Second, the exegesis of aggravated types will be addressed,  trying to ground such punitive exasperation. In the dogmatic analysis of this  criminal figure, special attention will be paid to the irrelevance of the  consent of the victim, the punishability of the preparatory acts, authorship  and participation, the controversial bankruptcy problems, international  recidivism and, finally, the acquittal for the victim of trafficking in human  beings.  Palabras clave: Trata de Personas – Explotación – Captación – Transporte –  Traslado – Acogimiento – Recepción– Intimidación – Engaño –  Abuso de Superioridad – Necesidad – Vulnerabilidad –  Reincidencia.  Keywords: Trafficking in human beings  –  Exploitation – Catchment – Transport – Transfer –  Placement – Reception – Intimidation – Scam – Abuse of  authority  – Need  – Vulnerability  – Recidivism.  Sumário: 1.  Introducción. 2. La regulación de la trata de seres humanos con anterioridad a  2010. 3. Consideraciones generales sobre el bien jurídico protegido en el  artículo 177 bis CP. 4. Análisis del tipo básico del artículo 177 bis CP. 4.1.  Aproximación al tipo objetivo del delito de trata de seres humanos. 4.1.1. Los  sujetos del delito. 4.1.2. La conducta típica. 4.2. Aproximación al tipo  subjetivo del delito de trata de seres humanos. 4.2.1. La imposición de la  esclavitud, servidumbre, servicios forzados u otras prácticas similares a las  anteriores, incluida la mendicidad. 4.2.2. La explotación sexual, incluyendo la  pornografía. 4.2.3. La explotación para realizar actividades delictivas. 4.2.4.  La extracción de sus órganos corporales. 4.2.5. La celebración de matrimonios  forzosos. 5. Análisis de los tipos cualificados del delito de trata de seres  humanos. 5.1. La puesta en peligro la vida o la integridad física o psíquica de  las personas objeto del delito. 5.2. La trata de personas con víctima  especialmente vulnerable por razón de enfermedad, estado gestacional,  discapacidad o situación personal, o sea menor de edad. 5.3. Trata de seres  humanos con prevalimiento de su condición de autoridad, agente de ésta o  funcionario público. 5.4. Trata de seres humanos cuando el culpable  perteneciera a una organización o asociación de más de dos personas. 5.5. Trata  de personas cuando se trate de los jefes, administradores o encargados de  dichas organizaciones o asociaciones. 6. La responsabilidad penal de las  personas jurídicas. 7. La punibilidad de los actos preparatorias. 8. Autoría y  participación. 9. Problemática concursal. 10. Reincidencia internacional. 11.  La excusa absolutoria para la victima de trata de seres humanos. 12.  Conclusiones. 13. Bibliografía.  Intervenção  jurídico-penal na sociedade globalizada: aspectos da responsabilidade penal da  pessoa jurídicaHelena Costa Rossi
  Resumo: Este  artigo se dedica a compreender, por meio do estudo qualitativo de fatores  intrínsecos à globalização financeira, como contribuem para a construção de um  contexto social e econômico que se reflete na conjuntura e na composição do  sistema jurídico-penal, consolidando-se nas previsões de responsabilidade penal  da pessoa jurídica. A análise resulta de pesquisa bibliográfica (descritiva e  exploratória) e do estudo dialético entre correntes dogmáticas favoráveis e  contrárias a tal implementação, refletindo a atual posição da mentalidade jurí-  dico-penal brasileira e seus avanços quanto à proteção dos bens jurídicos  supraindividuais. O artigo pretende produzir um breve diagnóstico a respeito da  admissibilidade da implementação e positivação da responsabilidade penal da  pessoa jurídica, apresentando questões fundamentais e ressalvas necessárias  para a garantia da proteção dos bens jurídicos supraindividuais, sem prejuízo  aos bens jurídicos individuais. Assim, adotou hipótese quanto à vantagem de sua  adoção pelo ordenamento pátrio ao apresentar-se como instrumento de  harmonização dos novos casos de criminalidade corporativa  Abstract: This article focuses on the qualitative study  of factors intrinsic to the financial globalization, to understand how they  contribute to the construction of a social and economic context that reflects  itself directly in the conjuncture and in the composition of the criminal-legal  system, especially in the predictions of criminal liability of the legal  entity. The analysis results from a bibliografic research and from a dialectical  study between dogmatic currents favorable to and contrary to such an  implementation, reflecting the current position of the Brazilian criminal and  legal mentality, and its advances regarding the protection of supra-individual  legal rights. The article intends to produce a brief diagnosis about the  admissibility of the implementation and positivation of the criminal  responsibility of the juridical person, presenting fundamental problems and  necessary reservations to guarantee the protection to the supraindividual  juridical goods, without prejudice to the individual juridical property. Thus,  it adopted a hypothesis as to the advantage of its adoption by the country  order, when presenting itself as an instrument for harmonizing new cases of  corporate crime.  Palavras-chave: Avanço jurídico-penal  – Nova criminalidade corporativa  – Bem  jurídico supraindividual – Questões fundamentais  – Responsabilidade penal  da pessoa jurídica.  Keywords: Criminal expansion – New corporate  crime – Supraindividual legal good – Fundamental difficulties  –  Criminal liability of the legal entity  Sumário: 1.  Introdução. 2. A nova ordem globalizada: globalização e seus efeitos. 2.1.  Realce do impacto globalizado. 2.2. Globalização financeira: primeiros efeitos.  2.2.1. Efeitos: a perda de poder estatal. 2.2.2. Efeitos: avanço do poder  econômico. 2.2.3. Efeitos: domina- ção política e crises. 3. A crise de 2008.  4. Necessidade de regulação. 5. O Estado capaz de regular seus particularismos.  6. A questão da legitimidade. 7. Direito penal e criminalidade corporativa. 8.  Responsabilidade penal da pessoa jurídica: evolução e aceitação. 9. A  responsabilidade penal da pessoa jurídica: fundamentos. 9.1. Fundamentação  estrutural. 9.2. Fundamentação legal. 10. Questões fundamentais: críticas e posicionamento.  10.1. Capacidade de ação e culpabilidade. 10.2. Orientação das penas. 10.3.  Mero simbolismo. 10.3.1. Adequação. 10.4. Limites e legitimidade. 10.4.1. Vias  alternativas. 10.4.2. Criminalizar os ricos para punir os pobres. 10.5.  Previsão legal específica. 10.6. Admissibilidade da responsabilidade penal da  pessoa jurídica. 11. Conclusão. 12. Bibliografia Lei Maria da Penha: avanços e insuficiênciasVictor Sugamosto Romfeld
  Resumo: Com dez  anos de vigência, a Lei Maria da Penha representou uma verdadeira conquista  para o movimento feminista, avançando substancialmente no tratamento jurídico  da violência doméstica. No entanto, a lei ainda convive com uma série de  obstáculos que impedem sua efetivação plena, principalmente no que diz respeito  à escassez de recursos financeiros para implementar as políticas públicas  legalmente previstas. Assim, este trabalho tem o propósito de analisar, do  ponto de vista jurídico e criminológico, as mudanças positivas trazidas pela  lei e suas falhas, apontando possíveis caminhos para aprimorar o tratamento  jurídico da violência doméstica.  Abstract: With ten years of existence, “Maria da Penha”  Law has represented an achievement for the feminist movement, advancing on the  legal treatment of the domestic violence. However, the law still deals with a  lot of obstacles, which compromise its effectiveness, especially related to the  financial resources to implement public policies legally established. Thus,  this work aims to analyze, from a legal and criminological point of view, the  positive changes brought by the law and its failures, proposing possible ways  to improve legal treatment of domestic violence.  Palavras-chave: Lei Maria da Penha – Violência doméstica – Criminologia crítica.  Keywords: Maria  da Penha Law – Domestic violence – Critic criminology.  Sumário: 1.  Introdução. 2. Mudanças: tentativas de superar o passado. 2.1. O protagonismo  do feminismo na política brasileira. 2.2. Em briga de marido e mulher, o Estado  mete a colher. 2.3. Mecanismos legais para lidar de forma mais efetiva com  situações de violência. 3. Críticas: o que deve e o que não deve ser  recepcionado. 3.1. A visão patriarcal do Poder Judiciário. 3.2. A efetividade  da lei colocada em xeque. 3.3. Para além do caráter aparentemente punitivista.  3.4. Uma lei que promove o encarceramento?. 3.5. Lesão corporal no âmbito  doméstico: ação penal pública condicionada ou incondicionada?. 3.6. A escassez  de recursos como obstáculo à implementação de políticas públicas previstas na  lei. 3.7. Sobre as mulheres trans: invisibilidade, silenciamento e  vulnerabilidade. 4. Considerações finais. 5. Referências bibliográficas. Estado y Futuro del Derecho Penal ComparadoKai Ambos
  Resumen: El  derecho penal comparado se encuentra ante nuevos retos, debido a la  globalización e internacionalización del derecho, así como a la aparición de  nuevas amenazas (terrorismo, criminalidad cibernética). Esta situación permite  plantear la siguiente pregunta: ¿puede esta disciplina hacer un aporte  significativo para mejorar la seguridad de los ciudadanos? Para responder a  este interrogante es necesario realizar algunas precisiones fundamentales,  especialmente con relación a los siguientes temas: concepto e historia del  derecho penal comparado (al respecto A.); su importancia y funciones (al respecto  (B.); sus objetivos, métodos y fundamento normativo (al respecto C.); así como  sobre el estado de la investigación y su enseñanza (al respecto D.). El  análisis detallado de todos estos aspectos tendría que ser tratado en una  monografía particular; por esta razón, las notas al pie del presente trabajo  contienen numerosas referencias. Las alternativas y la importancia que el  derecho penal comparado puede tener en el futuro (al respecto E.) dependen de  la forma como se afronten los retos a los que se ha hecho alusión  Palabras clave:  Derecho (Penal) Comparado (Historia – Objetivos – Métodos –  Funciones – Fundamento Normativo) – Comparative Criminal  Justice – Comparación Cultural – Internacionalización –  Globalización.  Abstract: Comparative criminal law is currently facing  the new challenges posed by the globalisation and internationalisation of law  on the one hand and novel threats such as terrorism and cybercrime on the  other. Thus, the question arises whether it is actually possible for  comparative criminal law to make a meaningful contribution to improving  citizens’ security? Some fundamental issues need to be clarified before this  question can be answered: the concept and history of comparative criminal law  (see A.), its significance and function (B.), its aims and methods as well as  its normative foundation (C.), and the current state of research and teaching  in the field (D.). All of these points merit further attention in their own  right, and to this end references to additional literature on each topic are  provided in the footnotes. The outlook for and future practical significance of  comparative criminal law (E.) will depend on how the field responds to the  abovementioned challenges.  Keywords: Comparative (Criminal) Law (History  –  Objectves – Methods – Functions – Normative Foundation) –  Comparative Criminal Justice  – Cultural Comparison –  Internationalisation – Globalisation.  Sumário: 1.  Fundamentación: Concepto e historia. 1.1 Concepto. 1.2. Historia. 2.  Importancia y funciones del derecho penal comparado. 2.1. Importancia. 2.2.  Funciones. 3. Objetivos, métodos y fundamento normativo. 3.1. Objetivos. 3.2.  Métodos. 3.3. Fundamento normativo. 4. Situación de la investigación y  enseñanza del derecho penal comparado. 4.1. Perspectivas. 5. Referencias  bibliográficas. 5.1 Referencias de internet. PROCESSO PENAL  Sobre os critérios  jurisprudenciais de identificação da perda de imparcialidade de um magistradoAndré Szesz
  Resumo: O direito  a um tribunal imparcial é um dos mais importantes marcos valorativos do  processo penal democrático e ocupa um lugar destacado nas legislações  ocidentais em geral. Todavia, apesar dessa consagração legislativa, o direito a  um tribunal imparcial depende de um esforço jurisprudencial para a sua realização  concreta. A dificuldade maior reside na aná- lise de possível perda de  imparcialidade de um magistrado em razão de seu comportamento concreto. O  presente estudo tem por objetivo analisar e compreender a diferença dos rumos  tomados pela jurisprudência do Tribunal Europeu de direitos humanos e do  Supremo Tribunal de Justiça de Portugal em relação à do Supremo Tribunal  Federal brasileiro acerca dessa matéria  Abstract: The right to a fair trial is one of the most  important accomplishment of criminal proceedings in democratic countries and  ranks a high position in Occidental law. However despite its legislative  reception, the right to a fair trial depends on a judicial effort to its actual  implementation. The greatest difficulty lies in the analysis of possible loss  of a judge’s impartiality due to his concrete behavior. This study aims to  analyze and understand the difference of direction taken on this matter by the  precedents of the European Court of human rights and the Supreme Court of  Justice of Portugal compared to the Brazilian Supreme Court.  Palavras-chave: Processo penal – Imparcialidade – Fundamentação das decisões  –  Jurisprudência – Estudo comparado.  Keywords: Criminal procedure  – Impartiality   – Reasoning in decision making  – Precedents  – Comparative study  Sumário: 1. Introdução. 2. Consagração do direito a um  tribunal imparcial na legislação internacional e nacional. 3. Consagração  doutrinária do direito a um tribunal imparcial. 4. Jurisprudência do Tribunal  Europeu de Direitos Humanos: o critério da imparcialidade objetiva. 5.  Jurisprudência do STJ de Portugal. 6. Jurisprudência do Supremo Tribunal  Federal: apego às hipóteses legais de impedimento. 7. Uma reflexão sobre a  jurisprudência nacional a respeito do tema. 8. Conclusão. 9. Bibliografia.  Quem deve  ser o guardião da Constituição?: a salvaguarda das garantias  constitucionais-penais diante do Supremo Tribunal FederalDouglas Carvalho Ribeiro, Victor Cezar Rodrigues da Silva  Costa e Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira
  Resumo: O objetivo do presente artigo é, a partir da  discussão sobre os julgados acerca da presunção de inocência, refletir sobre os  limites do poder de decisão do STF e a tensão existente entre as garantias  consagradas historicamente pela dogmática penal e a pretensão de efetividade  das decisões em matéria criminal. Defende-se que o Tribunal Constitucional não  detém a última palavra no tocante à interpretação da Constituição,  principalmente no que diz respeito à restrição das garantias  penais-constitucionais. Por fim, o posicionamento aqui esboçado se desenvolve  no sentido de sustentar o papel da crítica acadêmica aos julgados como  contrapeso por excelência à atividade pretoriana daquele tribunal.  Abstract: This article aims to discuss the judgments on the presumption of innocence, to  reflect on the limits of the power of the Supreme Court concerning its  decision’s making and the measure of the guarantees consecrated historically by  criminal dogmatics and pretension of effectiveness. It is argued that the  Constitutional Court does not have the final word regarding the interpretation  of the Constitution. This is true with regard to the restriction of  criminal-constitutional guarantees. Finally, it will be sustained that the role  of academic critique to those judged is a counterweight par excellence to the  praetorian activity of that court.  Palavras-chave: Garantias constitucionais  – Estado de  Direito – Direito penal constitucional – Supremo Tribunal  Federal – Jurisprudência.  Keywords: Constitutional guarantees  – Rule of law – Constitutional criminal  law – Supremo Tribunal Federal – Case law.  Sumário: 1. Introdução. 2. Objeto de análise: a questão da  presunção de inocência. 3. O tribunal constitucional, a sociedade aberta dos  intérpretes da Constituição e a crítica jurídica. 4. Considerações finais. 5.  Referências bibliográficas.  O olhar  cruzado entre a busca pela verdade e a imparcialidade do juiz no cenário  luso-brasileiroDyellber Fernando de Oliveira Araújo
  Resumo: O texto  que segue sugere uma explicação sobre a busca pela verdade em confronto com a  imparcialidade do juiz no processo penal. Nesse caso, expõe-se uma crítica ao  modo como se apresenta o problema da imparcialidade do magistrado ligada por  uma visão de quebra na interpretação quanto à estrutura acusatória do processo  penal, esquecendo-se, em verdade, que o que se deve é fortalecer o controle da  investidura do juiz, utilizando-se de outros institutos necessários para a  efetivação da garantia judiciária e confiança coletiva e individual nas  decisões prolatadas pelo juiz penal. Razão de se trazer alguns exemplos de como  se confrontar a busca da verdade junto da imparcialidade do juiz atribuindo-se  outros mecanismos, como é o caso da divisão entre juízes de instrução e  julgamento ocorrido em alguns países da Europa Continental e, especificamente,  na legislação portuguesa.  Abstract: This paper suggests an explanation of the  search for truth in conflict with the impartiality of the judge in criminal  procedure. In this case, it exposes a critical as they study the problem of the  impartiality of the judge only by the sight of a possible break in  interpretation as accusatory (adversarial) system of criminal procedure,  forgetting to strengthen the control of the judge’s investiture, using from  other means for effective judicial guarantee and the notion of individual and  collective confidence in the decisions handed down by the criminal court.  Reason to bring some examples of how to confront the search for truth with the  judge’s impartiality use of other means, such as the division between  investigating judges and trial in some countries of continental Europe and,  specifically, in the Portuguese criminal law  Palavras-chave: Juiz penal  – Sistema processual – Garantia judiciária  – Busca da  verdade, imparcialidade e confiança nas decisões.  Keywords: Criminal justice – Procedural  system – Judicial guarantee  – Search for truth, fairness and  confidence in decisions.  Sumário: 1.  Introdução: o poder judicial numa abordagem político-criminal. 2. Entre o mais  e o mesmo: uma breve estruturação principiológica sobre o tema. 2.1. Princípio  da investigação ou da busca da verdade pelo juiz. 2.2. Princípio da livre  apreciação da prova ou da livre convicção motivada. 2.3. Princípio da  imparcialidade. 3. O processo penal português e a incompatibilidade absoluta  das funções de juiz de instrução e julgamento ao mesmo magistrado. 4. Os novos  mecanismos processuais à aquisição de provas e a imparcialidade do juiz. Uma tensão  dialética entre eficientismo, funcionalismo e garantismo. 5. Considerações  derradeiras: uma apreciação menos doutrinal e mais instintiva ao estudo em  comento. 6. Referências bibliográficas.  WhatsApp,  sigilo de dados e prova ilícita: para dizer o óbvioFábio Agne Fayet e Andersson Vieira Carvalho
  Resumo: O artigo  aborda questões pertinentes ao acesso às informações contidas no aplicativo  WhatsApp, em relação às garantias constitucionais da privacidade e da  intimidade, bem como da vedação à utilização de provas ilícitas. Utiliza como  norte de pesquisa a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça no HC  51.531/RO, em que a 6º Turma da Corte discutiu a ilicitude de provas  provenientes da devassa de dados no aplicativo de mensagens. O estudo apresenta  como problemas de pesquisa e hipóteses a possibilidade de a autoridade policial  determinar ou não, sem autorização judicial, a devassa de dados no aplicativo  de mensagens, e se essa prova, se assim realizada, deverá ou não ser avalizada  pelo Poder Judiciário. Para responder às questões abordadas, o texto utiliza-se  da metodologia hipotético-dedutiva e tem como técnica de pesquisa a  bibliográfica-exploratória, realizada em textos jurídicos, artigos científicos  e principalmente na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. A abordagem  da pesquisa justifica-se acadêmica e socialmente por tratar de temática atual e  trazer ao debate a questão que envolve direitos fundamentais, produção de  provas no plano processual penal e o aplicativo de mensagens WhatsApp.  Abstract: The article addresses issues pertaining to access  to the information contained in the WhatsApp application, in relation to the  constitutional guarantees of privacy and intimacy, and the prohibition of the  use of unlawful evidence. It uses as a research center the decision pronounced  by the Superior Court of Justice in HC 51.531/RO, in which the 6th Group of the  Court discussed the unlawfulness of evidence from the inquest of data in the  message application. The study presents as research problems and hypotheses the  possibility for the police authority to determine, without judicial  authorization, the inquest of data in the messaging application, and whether  such evidence, if so carried out, should be endorsed by the Judiciary. To  answer the questions addressed, the text uses the hypothetical-deductive  methodology and has as research technique the bibliographicexploratory, carried  out in legal texts, scientific articles and mainly in the jurisprudence of the  Superior Court of Justice. The approach to research is justified academically  and socially by addressing current issues and bringing to the debate the issue  involving fundamental rights, production of evidence in the criminal procedural  plane and the WhatsApp messaging application.  Palavras-chave: WhatsApp  – Sigilo de dados – Privacidade e intimidade – Prova  ilícita – Autorização judicial.  Keywords: WhatsApp  – Data confidentiality  –  Privacy and intimacy  – Unlawful evidence  – Judicial authorization.  Sumário: 1.  Introdução. 2. Delimitação e conceituação do direito à intimidade à privacidade  no ordenamento jurídico brasileiro. 3. Análise de conteúdo de telefone celular  apreendido e autorização judicial. 4. Breves apontamentos acerca da prova  ilícita. 5. A necessária mudan- ça de paradigma a partir da jurisprudência do  Superior Tribunal de Justiça: quando o óbvio é levado a sério. 6. Considerações  finais. 7. Bibliografia. CRIME E SOCIEDADE  O capitalismo do espetáculo e o processo de desintegração  social: anomia e o mal-estar do sistema penalJosé Francisco Dias da Costa Lyra
  Resumo: Este  trabalho analisa, sob o viés sociológico e da criminologia crítica, a tendência  de se utilizar do sistema penal e sua tecnologia atuarial para enfrentar a  conflituosidade decorrente da desintegração social, provocada, em grande parte,  pela globalização financeira e seus processos anômicos. Ou seja, procura  questionar o uso do Direito penal para compensar a fragilização das normas  sociais e a falta de orientação do indivíduo moral (anomia), que, sob  orientação político-criminal expressiva, coisifica as pessoas na busca de  segurança. Forja-se uma prática reificante, que se especializa em negar o  reconhecimento elementar às pessoas infratoras, focalizadas como meras fontes  de risco.  Abstract: This paper analyzes, under the sociological  and critical criminology bias, the tendency to use the penal system and its  actuarial technology to deal with the conflict arising from social  disintegration, caused, in large part, by financial globalization and its  anomic processes. That is, it tries to challenge the misuse of criminal law to  compensate the weakening of social norms and the lack of guidance of the moral  individual (anomie), who, under the influence of an expressive criminal policy,  makes people want to seek safety. A reifying practice is forged, which  specializes in denying elemental recognition to offenders, focused as mere  sources of risk.  Palavras-chave: Capitalismo do espetáculo  – Anomia – Atuarismo criminológico –  Criminologia do reconhecimento – Reificação.  Keywords: Capitalism of the spectacle  – Anomie –  Critical actuarism – Criminology of recognition – Reification.  Sumário: 1.  Introdução: a globalização econômica e seu processo de fragmentação: a anomia e  o desprezo como patologias do capitalismo do exagero (ou o mal-estar da  modernidade). 2. Da sociedade da disciplina à sociedade do controle: a história  da penalidade e dos sistemas imunitários do Direito. 3. A tecnologia imunitária  do atuarismo penal e a negação do reconhecimento elementar. 4. A criminologia  do reconhecimento como crítica ao projeto imunitário da justiça atuarial:  apontamentos a partir da teoria do reconhecimento de Honneth. 5. Algumas  considerações. 6. Referências  O “anjo da  história” e o expansionismo penal: rumo a um modelo totalitário?Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth
  Resumo: O  fenômeno expansionista vivenciado pelo Direito Penal, orientado pela busca por  uma maior “eficiência” na “prevenção” e no “combate” às novas formas assumidas  pela criminalidade na contemporaneidade, assenta-se na ideia de que se faz  necessária a flexibilização e/ou supressão de garantias, consideradas como  “entraves” à consecução desses objetivos. Considerando esse contexto e partindo  de uma concepção de história pendular (caracterizada por períodos de avanços e  retrocessos) e não linear (ideia de tempo histórico evolutivo e progressista),  o presente artigo orienta-se pelo seguinte problema: a partir da análise de  algumas características do processo de expansão punitiva na contemporaneidade,  é possível afirmar que elas se coadunam com um modelo de Estado totalitário (de  exceção), conforme o modelo descrito na parte final da obra Punição e estrutura  social, de Rusche e Kirchheimer (1938)? O texto encontra-se estruturado em duas  seções: primeiramente, são apresentadas as características apontadas pelos  referidos autores no que se refere às políticas penais sob os regimes  fascistas; na sequência, essas características são cotejadas com as tendências  que têm sido observadas como características do fenômeno do expansionismo  penal. Para a concretização da pesquisa, o método de abordagem empregado foi o  fenomenológico  Abstract: The expansionist phenomenon experienced by the  Criminal Law, guided by the search for a greater “efficiency” in “prevention” and  “combat” to the new forms assumed by contemporary criminality, is based on the  idea that it becomes necessary the flexibilization and/or suppression of  guarantees, considered as “obstacles” to the achievement of these objectives.  Considering this context and starting from a conception of pendular history  (characterized by periods of advances and setbacks) and nonlinear (idea of  evolutionary and progressive historical time), the present article is guided by  the following problem: from the analysis of some characteristics of the process  of punitive expansion in contemporaneity, is it possible to affirm that they  fit in with a model of totalitarian state (of exception), according to the  model described in the final part of Rusche and Kirchheimer’s (1938) Punishment  and Social Structure? The text is structured in two sections: firstly, the  characteristics pointed out by the aforementioned authors with regard to  criminal policies under the fascist regimes are presented; in the sequence,  these characteristics are compared with the tendencies that have been observed  as characteristics of the phenomenon of the criminal expansionism. For the  realization of the research, the method of approach employed was  phenomenological  Palavras-chave: Direito Penal  – Expansão  – Punitivismo – Estado Democrático de  Direito.  Keywords: Criminal Law  – Expansion  –  Punitivism – Democratic State ruled by law.  Sumário: 1.  Introdução. 2. Rusche e Kirchheimer e as novas tendências na política penal  europeia no início do século XX sob influência do fascismo e do  nacional-socialismo. 3. A expansão do direito penal na contemporaneidade e a  retomada do componente aflitivo do processo e das penas como marcas  características da política criminal do nosso tempo. 4. Considerações finais.  5. Referências bibliográficas. EQUIPE EDITORIAL DA REVISTA –  IBCCRIM EDITORA-CHEFE – Mariângela Gama de Magalhães Gomes EDITORES-ASSISTENTES – Chiavelli Facenda Falavigno, Clécio Lemos, Daniel Leonhardt, Gabriel Divan,  Pedro Castro  e Vinicius Gomes de Vasconcellos. EDITORES-EXECUTIVOS – Rafael Vieira, Taynara Lira e Willians Meneses CONSELHO EDITORIAL  Adolfo  Ceretti (Università degli Studi di Milano-Bicocca – Itália); Afranio da Silva  Jardim (UERJ – Rio de Janeiro/RJ); Alberto  Silva Franco (IBCCRIM – São Paulo/SP); Alejandro Aponte (Pontifi cia  Universidad Javeriana – Colômbia); Anabela Miranda Rodrigues (Universidade de  Coimbra – Portugal); Ana Isabel Pérez Cepeda (Universidad de Salamanca –  Espanha); Ana Messuti (Instituto Vasco de Criminología – Espanha); Antonio  Garcia-Pablos de Molina (Universidad Complutense de Madrid – Espanha); Antonio  Magalhães Gomes Filho (USP – São Paulo/SP); Antonio Scarance Fernandes (USP –  São Paulo/SP); Antonio Vercher Noguera (Universidad de Salamanca – Espanha);  Bernardo del Rosal Blasco (Universidad de Alicante – Espanha); Carlos Gonzales  Zorrilla (Universitat Autònoma de Barcelona – Espanha); Carlos María  Romeo-Casabona (Universidad del País Vasco – Espanha); Cláudia Maria Cruz  Santos (Universidade de Coimbra – Portugal); Cornelius Prittwitz  (Goethe-Universität Frankfurt am Main – Alemanha); David Baigún (Universidad de  Buenos Aires – Argentina); Edmundo Hendler (Universidad de Buenos Aires –  Argentina); Emilio Garcia Mendez (Universidad de Buenos Aires  – Argentina); Ernesto Calvanese (Università degli Studi di Milano – Itália);  Esther Gímenez-Salinas I Colomer (Universidad  Ramon Llull – ESADE – Espanha); Eugenio Raúl Zaffaroni (Universidad de Buenos  Aires – Argentina); Fernando  Acosta (University of Ottawa – Canadá); Fernando Santa Cecília Garcia  (Universidad Complutense de Madrid – Espanha); Francisco Muñoz Conde  (Universidad Pablo de Olavide – Espanha); Geraldo Prado (UFRJ – Rio de Janeiro/  RJ); Ignacio Berdugo Gómez de La Torre (Universidad de Salamanca – Espanha); Iñaki  Rivera Beiras (Universidad de Barcelona – Espanha); Iván Navas Mondaca  (Universidad San Sebastián – Chile); Jésus-María Silva Sánchez (Universidad  Pompeu Fabra – Espanha) ; João Pedroso (Universidade de Coimbra – Portugal);  Jorge de Figueiredo Dias (Universidade de Coimbra – Portugal); José Cerezo Mir  (Universidad de Zaragoza – Espanha); José Francisco de Faria Costa  (Universidade de Coimbra – Portugal); Juan Felix Marteau (Universidad de Buenos  Aires – Argentina); Juan Pablo Montiel (Universidad de San Andrés – Argentina);  Juarez Cirino dos Santos (UFPR – Curitiba/PR); Juarez Tavares (UERJ – Rio de  Janeiro/ RJ); Kai Ambos (Georg-August-Universität Göttingen – Alemanha); Luis  Alberto Arroyo Zapatero (Universidad de Castilla-La Mancha – Espanha); Luis Fernando  Niño (Universidad de Buenos Aires – Argentina); Luiz Regis Prado (UEM –  Maringá/PR); Maria Paz Arenas Rodrigañez (Universidad Complutense de Madrid –  Espanha); Manuel da Costa Andrade (Universidade de Coimbra – Portugal); Maria  João Antunes (Universidade de Coimbra – Portugal); Mauricio Martínez Sánchez  (Universidad Libre – Colômbia); Máximo Sozzo (Universidad Nacional del Litoral  – Argentina); Miguel Reale Júnior (USP – São Paulo/SP); Nicolás Rodríguez  García (Universidad de Salamanca – Espanha); Nila Batista (UERJ – Rio de  Janeiro/RS); Pedro Caeiro (Universidade de Coimbra – Portugal); Olga Spinoza  (Universidade do Chile – Chile); Pilar Gomes Pavón (Universidad Complutense de  Madrid – Espanha); Raúl Cervini (Universidad de la República – Uruguai); Rene  Ariel Dotti (UFPR – Curitiba/PR); Roberto Bergalli (Universidad de Barcelona –  Espanha); Sergio Moccia (Università di Napoli Federico II – Itália); Stella  Maris Martinez (Universidad de Buenos Aires – Argentina); Urs Kindhäuser  (Universidad de Bonn – Alemanha); Vicente Greco Filho  (USP – São Paulo/SP) |