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Notícias

Lançamento do Livro: Criminologia

Publicado em 06/10/2004


Livro: Criminologia

Local: Editora Revista dos Tribunais (Rua Conde do Pinhal nº 80)

Horário: 18 horas

Sobre o autor:

Sérgio Salomão Shecaira é especialista em Direito Público, Mestre e Doutor em Direito Penal e Livre-Docente em Criminologia pela Universidade de São Paulo. É ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) e Vice-presidente do Grupo Brasileiro da Associação Internacional de Direito Penal (AIDP). Professor Associado de Direito Penal e Criminologia na Universidade de São Paulo, e autor de inúmeros trabalhos, dentre os quais, Prestação de Serviços à Comunidade: alternativa à pena privativa de liberdade, Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica e Teoria da Pena (em co-autoria com Alceu Corrêa Jr.). É advogado criminal e membro da Academia Brasileira de Direito Criminal.

Sobre o livro:

Por que, nos dias que correm, filhos encetam a morte dos pais, ou pais jogam nenês contra o pára-brisa de carros? Por que não há mais referências éticas em criminosos absolutamente indiferentes à lei? Enfim, quais causas ensejam o crescimento tão agudo da criminalidade? A violência urbana é uma situação vivenciada em muitos países, de maneiras distintas, mas assemelhadas, com múltiplos fatores de risco dos quais muitos teóricos apontam desde a disparidade social até a vulnerabilidade adaptativa dos homens. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno. Da mesma forma, causas sociais são vetores de criminalidade antes desconsiderados nas investigações científicas explicativas do crime. A convergência entre fatores pessoais e sociais forma uma química extremamente deletéria no desencadeamento de atos delituosos. O estudo da criminalidade, dentro da visão psicológica, demonstra que alguns fatos são determinantes no comportamento violento: as crianças que foram agredidas na infância, que sofreram molestamento sexual, que foram humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida, tendem a reproduzir a experiência por elas vivenciadas; a adolescência vivida em lares em que não eram transmitidos valores de solidariedade, em que a formação moral lhes era estranha, que não tinham a imposição dos limites de disciplina, cria um jovem potencialmente mais violento; a criação de grupos de jovens, potencializados pela falta de perspectivas para eles, acelera o processo de criação de comportamento anti-social. Na periferia das grandes cidades vivem milhões de jovens que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social, à corrupção policial, ao péssimo exemplo de impunidade dado pelos criminosos de colarinho-branco, à falta de possibilidade de ascensão social ou mesmo de uma vida digna para essas pessoas, esses fatores de risco criam um caldo de cultura que alimenta a violência crescente nos grandes centros urbanos.(trecho da Introdução do trabalho)


        


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