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IBCCRIM promove debate sobre "Tecnologia e Construção da Masculinidade: expressões da violência na era da conectividade"

Publicado em 21/01/2020

Inscrições abertas para a primeira edição de 2020 da "Mesa de Estudos e Debates" discutirá expressões de violência na internet

O Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) realiza no dia 18 de fevereiro, terça-feira, a primeira edição da Mesa de Estudos e Debates no ano de 2020. O tema será "Tecnologia e construção da masculinidade: expressões de violência na era da conectividade". O evento será realizado no auditório do IBCCRIM, na rua Onze de Agosto, Praça da Sé, São Paulo, entre 14h e 16h.

Participarão do debate Isabela Venturoza de Oliveira, doutoranda em Antropologia pela UNICAMP, e Wibsson Ribeiro Lopes, doutorando em Teoria e História Literária pela UNICAMP; a mediação será de Manoel Alves Jr, coordenador do Grupo Ciências Criminais e Direitos Humanos e mestrando em Ciências Criminais pela PUCRS.

Com certificado oferecido pelo IBCCRIM, as inscrições para a Mesa de Estudo e Debates são gratuitas e podem ser realizadas no site do IBCCRIM: https://bit.ly/38qslHq. As vagas são limitadas na modalidade presencial e ilimitadas na modalidade à distância.

As vagas são limitadas na modalidade presencial e ilimitadas na modalidade à distância. Com certificado oferecido pelo IBCCRIM, as inscrições para a Mesa de Estudo e Debates são gratuitas e podem ser realizadas no site do IBCCRIM: https://www.ibccrim.org.br/evento/483-MESA-DE-ESTUDOS-E-DEBATES-Tecnologia-e-Construcao-da-Masculinidade-Expressoes-de-Violencia-na-Era-da-Conectividade

Tecnologia e Construção da Masculinidade: expressões da violência na era da conectividade

Normas sociais historicamente têm produzido e valorizado uma imagem específica de masculinidade, pautada em virilidade, autoritarismo e dominação. Sua reprodução resulta em uma sociedade que naturaliza e legitima o uso da violência como linguagem por homens – como forma de serem entendidos, reconhecidos como sujeitos. Imposições físicas e morais são muitas vezes esperadas e consideradas aceitáveis como teste de masculinidade; o insucesso pode ser visto como uma ameaça ao pertencimento da categoria “homem de verdade” e uma aproximação ao feminino, paralelamente associado a passividade e subjugação.

Ao mesmo tempo, a luta por equidade e justiça social levada a cabo por movimentos feministas vem desestabilizando cada vez mais essas normas e expondo sua toxicidade. Em reação, formas de defesa do modelo de masculinidade violenta são visíveis em diferentes escalas – a cada vez mais recorrente exposição de fotos íntimas de ex-companheiras, em vingança de parceiros que não aceitam o término; assassinatos em massa em escolas públicas; a ascensão, em diversos países, de formas de governo antidemocráticas e belicistas.

A centralidade da internet em múltiplas formas de propagação de violência merece atenção. Se no fim do século passado se falava no incremento na facilidade de comunicação que ela propiciaria, hoje pesquisadores tentam entender como a rede vem se tornando um espaço de acolhimento e fermentação de discursos de ódio. Mas não só: observa-se, nos últimos anos, a intensificação de usos do meio virtual como ferramenta chave para a concretização e publicação de atos violentos. Cabe aos estudiosos das ciências criminais compreenderem o fenômeno e como ele afeta o cotidiano das pessoas, buscando meios de estabelecer novas culturas comportamentais e de amenizar suas consequências.

Debatedores

Isabela Venturoza de Oliveira - Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas (PPGAS/UNICAMP), mestra em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (PPGAS/USP) e licenciada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (FFC/UNESP). É pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença (NUMAS/USP) e do Núcleo de Estudos de Gênero Pagu (UNICAMP). Atua principalmente com pesquisa, ensino e extensão nos seguintes temas: relações de gênero, masculinidades, violência e feminismos.

Wibsson Ribeiro Lopes - Historiador. Doutorando em Teoria e História Literária (UNICAMP), graduação e mestrado em História (UFAL). Professor da rede pública estadual.

Mediação: Manoel Alves Jr. - Coordenador do Grupo Ciências Criminais e Direitos Humanos, Mestrando em Ciências Criminais (PUCRS), Especialista em Processo Penal (IDPEE - Coimbra).


        


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