Publicado em 24/10/2019
O Departamento de Justiça e Segurança Pública do IBCCRIM apoia o ato em desagravo à Barbara Querino, mais conhecida como Babiy Querino, que responde em regime semiaberto a um processo marcado por graves erros processuais. O julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo acontece no dia 29 de outubro e o ato está marcado para a véspera, às 19h.
O Instituto elencou como eixo prioritário para a gestão 2019-2020 o enfrentamento ao genocídio da população negra. A seletividade do sistema de justiça, escancarado no caso de Bárbara, é uma das formas de controlar corpos negros, que se tornam alvos da política de segurança pública pautada na eliminação de inimigos.
Entenda o caso:
Em setembro de 2017, a jovem foi presa acusada de participar de um assalto à mão armada. No depoimento, Babiy afirmou que estava fora de São Paulo trabalhando como modelo e apresentou como prova o celular com fotos do evento. Ela foi liberada logo depois.
Em janeiro de 2018, porém, Babiy foi presa novamente após ter sido reconhecida por foto por uma das vítimas de um assalto cometido no dia 26 de setembro, que alegou que o cabelo de Bárbara era parecido com o da pessoa participante do crime. Com base nessa informação, foi emitido um mandado de prisão e Bárbara foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Franco da Rocha, em São Paulo. Família e amigos da jovem confirmam que ela estava em casa no dia do assalto.
Bárbara foi inocentada em um dos processos por falta de provas, mas foi condenada no segundo caso. Após cumprir um ano e sete meses em regime fechado, Babiy aguarda seu julgamento em liberdade.
Saiba mais:
https://ponte.org/barbara-querino-a-babiy-como-a-justica-condenou-uma-jovem-negra-sem-provas/
https://portal-justificando.jusbrasil.com.br/noticias/628789257/como-a-justica-condenou-uma-jovem-negra-por-roubo-apesar-das-provas-de-que-ela-nao-estava-na-cidade
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