Publicado em 18/10/2019
Enquanto fotografava, jovem de 17 anos foi perseguido como suspeito por moradores em Jundiaí
O Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) assinou uma nota, elaborada pela Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, sobre o caso de racismo sofrido contra o jovem Gabriel Souza, de 17 anos. No dia 30 de setembro, o jovem saiu para fotografar num bairro de Jundiaí (SP) quando foi taxado de “criminoso” nas redes sociais por moradores da cidade, incluindo um vereador.
Uma postagem no Facebook trazia uma foto de Souza fotografando no local com a indicação do telefone para denúncia na Guarda Civil Metropolitana da cidade. Ao tentar registrar o caso de racismo em duas delegacias, o jovem foi fichado e orientado a evitar a região por um tempo e a portar crachá de identificação, nota fiscal do equipamento fotográfico ou certificado do curso de fotografia.
Diante do caso, mais de 70 organizações da sociedade civil assinaram a nota em repúdio ao episódio. “Confusão momentânea, sentimento de insegurança crescente no bairro, propagação inadvertida de notícias não checadas ou informações não fidedignas, podem ser algumas das diversas justificativas para colocarem a vida negra mais uma vez em risco, pois, como já nos apontou Abdias Nascimento, ‘a fertilidade racionalizadora do racismo brasileiro não tem limites: é dinâmica, prolifacética e capaz das manipulações mais surpreendentes’”, diz a nota.
Leia o texto na íntegra:
http://ibccrim.org.br/docs/2019/Nota_Repudio_Rede.pdf
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