Publicado em 22/06/2012
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A presidente Dilma Rousseff destacou, nesta quinta-feira, durante discurso no fórum O Que as Mulheres Querem, na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável), que o governo brasileiro vem fazendo esforços para assegurar os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, como o planejamento familiar. A presidente, no entanto, não comentou especificamente a exclusão do assunto do documento final que os chefes de Estado e de Governo vão assinar ao fim da conferência no Rio de Janeiro.
“Aqui, a palavra-chave para todos é acesso, sobretudo das mulheres. No Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades no acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direito sexuais e reprodutivos, inclusive o planejamento familiar, a gestação, o parto e o puerpério, com assistência de qualidade”, disse no fórum, promovido pela ONU Mulheres (Organização das Nações Unidas - Mulheres).
Ao fim do pronunciamento da presidente brasileira, algumas participantes levantaram faixas lembrando o tema, que foi abordado nos discursos de outras líderes que participaram do encontro. Entre elas, a ex-primeira ministra da Irlanda Mary Robinson, que lamentou o fato de a defesa dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres não ser abordada de “forma clara” no documento final.
“É uma pena que nesse documento não haja uma referência tão clara sobre isso. As mulheres vão ficar cientes disso”, disse, acrescentando que ficou satisfeita com vários elementos do texto que, segundo ela, foi fruto dos esforços das mulheres envolvidas. “Apoio e sempre vou apoiar o trabalho da ONU Mulheres. Não deve haver um retrocesso em princípios fundamentais porque fazer isso seria um sinal que não é necessário para as mulheres do mundo hoje”, completou.
Durante o fórum, Dilma elogiou os esforços da ex-presidente do Chile e atual diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, por ter conseguido “tirar um documento entre todos os países representados”. Ela enfatizou a importância do exercício do multilateralismo como forma de relação entre povos, nações e governos.
Fonte: Correio do Estado
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