Publicado em 08/03/2012
Neste dia se comemora a luta das mulheres por igualdade de direitos e contra a violência de gênero. Desde sua origem, ligada ao movimento socialista no início do século 20, as mulheres tiveram muitas conquistas, mas a violência e desigualdade de oportunidades de trabalho ainda existe.
A violência contra as mulheres ocorre principalmente no âmbito doméstico. A razão da violência doméstica não é necessariamente magoar o parceiro, mas sim manter o poder e controle sobre a vitima.
A Lei 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher, é conhecida por “Lei Maria da Penha”. Recebeu este nome em homenagem a uma brava senhora, “Maria da Penha”, que protagonizou um caso simbólico de violência doméstica e familiar contra a mulher.
A Maria da Penha previu ainda a concessão de medida de assistência e proteção às mulheres e seus familiares, além de possibilitar que o Juiz conceda à vítima medidas protetivas de urgência, que vão desde a saída do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida, objetivando acelerar a solução do problema da mulher agredida.
Todas essas medidas visam proteger a mulher que denuncia a violência e busca impedir que esta se repita, não apenas com ela própria, mas contra as milhares de mulheres que são diariamente agredidas.
A lei dispõe em seu art.2º: “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
A violência contra a mulher não está restrita a um certo meio, não escolhendo raça, idade ou condição social. Mas se constata que entre as pessoas de maior poder financeiro, as mulheres, acabam se calando sobre a violência recebida, talvez por medo, vergonha ou até mesmo por dependência financeira.
Existe, atualmente, um campo vasto de estudos e estatísticas pautadas em serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente das capitais do país e, geralmente, advindos das DEAMs, Delegacias Especializadas no Atendimento às Mulheres, dos diversos Centros de Referência da Mulher, dos Serviços telefônicos "Disque Mulher" e dos serviços públicos da Justiça. A maioria desses estudos foi pautada no atendimento de mulheres menos escolarizadas, da faixa etária entre os 30 e 40 anos de idade, casadas ou com uma união estável de longos anos, donas de casa e mães de famílias.
Mudando o paradigma destes dados, , foi criado em 2007 o "Tecle Mulher" um serviço via internet de apoio psicológico, orientação jurídica e encaminhamento às Redes de Serviços Públicos para as mulheres vítimas de violência que têm acesso a essa tecnologia de informação.
O Tecle Mulher pretende obter novos e importantes dados de um segmento diferenciado da sociedade feminina, com um nível mais alto de escolaridade, trabalhadoras de diversos campos da sociedade e de diversas faixas etárias, mas da mesma maneira sujeitas às várias formas de violência de gênero.
A luta das mulheres continua!
Vale a pena conferir
http://www.teclemulher.com.br/index.html
(Janaina Soares Gallo)
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