Publicado em 03/09/2010
Um projeto elaborado por seis agências da ONU e pelo Ministério da Justiça vai diagnosticar a segurança de bairros pobres de três municípios brasileiros: Vitória (ES), Lauro de Freitas (BA) e Contagem (MG), selecionados para receberem as ações do programa conjunto “Segurança com cidadania: prevenindo a violência e fortalecendo a cidadania, com foco em crianças, adolescentes e jovens em condições vulneráveis nas comunidades brasileiras”.
Os três municípios receberam nesta semana a primeira visita de representantes do ministério — que participa por meio do PRONASCI (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) — das agências da ONU: PNUD, UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), UNESCO (para Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), OIT (Organização Internacional do Trabalho), UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos) e UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime). Eles se reuniram com as prefeituras e lideranças comunitárias para apresentar o projeto e traçar as primeiras linhas de ação.
O programa será implementando em um bairro de cada localidade. Na cidade baiana, a região contemplada será Itinga, que tem 90 mil habitantes. Em Contagem, a Região do Nacional, onde moram 26.223 pessoas, receberá as medidas. E São Pedro, que conta com 42.641 moradores, será o beneficiário na capital capixaba.
A iniciativa tem como objetivo desenvolver ações para reduzir a violência que afeta jovens entre 10 e 24 anos em situação de vulnerabilidade. No total, serão US$ 6 milhões investidos durante 36 meses. Os três municípios foram selecionados dentre 72 inscritos, por indicarem condições de darem continuidade às iniciativas após o fim do projeto e meios para trabalhar de forma integrada com outros agentes.
A primeira fase do “Segurança com cidadania” é justamente o diagnóstico da violência nos três bairros. O levantamento levará em conta dados oficiais, entrevistas com as secretarias de governo e um encontro participativo com a comunidade.
Além disso, o PNUD vai aplicar um questionário junto a parte dos moradores, para avaliar pontos como: as normas de convivência da população (se respeitam a lei de trânsito, os níveis de ruído, se jogam lixo em locais apropriados); o consumo de álcool e drogas; se as pessoas já foram vítima de algum crime nos últimos 12 meses; a avaliação que elas fazem de instituições como a polícia; a percepção que elas têm de segurança (se evitam ir a algum lugar por medo); e se participam de ações de prevenção à violência (como conselhos de segurança).
A partir desses dados, será feito um plano conjunto entre as agências, as prefeituras e o Ministério da Justiça. A estratégia que vai determinar o foco das ações em cada localidade.
Fonte: Agências de Notícias PNUD.
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