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EUA relembram massacre de Hiroshima

Publicado em 13/08/2010

Pela primeira vez os Estados Unidos da América (EUA) enviaram um representante à cerimônia em homenagem às vítimas do primeiro bombardeio atômico, realizado em 1945, por sua aviação, contra a cidade japonesa de Hiroshima, no qual morreram ao menos 210 mil pessoas. “A raça humana não deve repetir o horror e os sofrimentos causados pelas armas atômicas”, declarou o primeiro ministro japonês Naoto Kan, em discurso. “O Japão, única nação vítima de bombardeios atômicos em tempos de guerra, tem uma responsabilidade moral de encabeçar o combate pela construção de um mundo sem armas nucleares”, acrescentou.

Representantes de mais de 70 países estiveram presentes, junto a várias dezenas de milhares de pessoas que se reuniram para assistir à emotiva cerimônia no Memorial da Paz, celebrado sob um céu azul similar ao que predominava na manhã de 6 de agosto de 1945 sobre a cidade de Hiroshima, no oeste do Japão, antes que tudo se transformasse num inferno.

A França e a Grã Bretanha, aliados dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, também pela primeira vez, desde a capitulação do Japão em agosto de 1945, enviaram representantes à cidade mártir, um gesto de apoio ao movimento a favor do desarmamento nuclear mundial.

O Japão, único país a ter sido bombardeado em duas ocasiões com armas nucleares (6 de agosto de 1945 em Hiroshima e 9 de agosto do mesmo ano em Nagasaki) reclama há anos a abolição das armas de destruição em massa.

Os Estados Unidos, que sempre defenderam que estes bombardeios foram necessários para encurtar a guerra, jamais se desculparam pelas 210 mil vítimas, em sua maioria civis, que morreram pelas bombas que explodiram sobre essas duas cidades ou pela radiação e queimaduras que provocaram.

Os Estados Unidos estiveram representados pelo seu embaixador no Japão, John Roos, que depositou uma oferenda floral em memória “de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial”, uma presença que também reflete o apoio do presidente Barack Obama em desfavor das armas nicleares.

Às 8:15 h, no momento preciso em que a bomba explodiu sobre a cidade, fez-se um minuto de silêncio. Depois, o prefeito da cidade, Tadatoshi Akiba pronunciou um discurso. Concluiu quando soltaram 1000 pombas num gesto simbólico de paz. “Saudamos este 6 de agosto com a determinação reforçada de que ninguém mais deverá sofrer tais horrores no futuro”, disse Akiba.

Fonte: Agência de Notícias Carta Maior


        


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