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Problemas em prisão modelo gaúcha

Publicado em 19/04/2010

A Penitenciária Estadual de Caxias do Sul foi inaugurada em 2008 e era considerada um modelo para as outras cadeias gaúchas, pois o governo do estado ressaltava o dinheiro investido e a alta tecnologia empregada.

Contudo, em março, devido à fuga de três presos, a penitenciária foi interditada, ou seja, não era permitido o ingresso de novos detentos. Em abril o problema ainda aumentou com o afastamento de 15 agentes penitenciários suspeitos de torturarem um detento.

A situação do presídio é ruim, pois, no caso da fuga, os detentos serraram as grades e pularam os muros sem ferem flagrados pelas câmeras, que não funcionavam. Ademais, apenas 60 funcionários trabalham na cadeia, quando a previsão era de 110 pessoas trabalhando na segurança do local.

No tocante à tortura, a juíza Sonáli da Cruz Zluhan visitou o presídio durante a tarde do último sábado, constatando que o referido detento estava machucado e conduzindo os agentes responsáveis a prestar esclarecimentos. A magistrada afirmou em entrevista ao Jornal Zero Hora que “É um projeto que não funcionou porque não se colocou pessoal e porque se comprovou que a segurança era falha.” e completa “O preso está lá dentro fechado na cela por 22 horas, não existe trabalho prisional ali e há poucos agentes penitenciários. Os presos não têm direito a nada do que foi planejado para aquela penitenciária – trabalho prisional, educação, área de convivência –, porque não tem agente suficiente para movimentar o preso lá dentro.”

(CG)


        


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