Publicado em 12/03/2010
No último dia 27, o Chile sofreu um grave terremoto de 8,8 pontos na escala Richter. Além da perda de mais de 800 pessoas e da destruição em cidades importantes como Concepción e Santiago, problemas nos serviços básicos como luz e água e fornecimento de alimentos, o país agora sofre com a onda de roubos e saques.
Apesar de Michelle Bachelet, presidente do Chile, afirmar que não há crise de abastecimento, mais de 14 mil militares vigiam as cidades mais castigadas com o terremoto e os pequenos tremores e tsunamis subsequentes. Há um toque de recolher entre 18 horas e meio dia, mas devido ao clima de insegurança, os moradores também se organizaram, montaram barricadas e armaram-se, com paus, pedras, facas e espigardas para combater as adversidades.
Militares convocados para evitar saques no Chile, Fotos UOL
Farmácias, mercados e diversas lojas foram saqueadas, até mesmo casas já são alvo dos despojamentos patrimoniais. Os proprietários fazem vigília, na tentativa de proteger o que lhes resta e identificam-se por meio do uso de uma fita branca no braço. Ademais, causa enorme preocupação o fato de que o Exército tem ordem para atirar em qualquer um que desrespeitar o toque de recolher.
Neste sentido, há de se refletir qual o papel do Estado e os limites do Direito Penal ante a tamanha adversidade.
(CG)
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