Publicado em 18/12/2009
O juiz Baltasar Garzón, responsável pelo caso Pinochet, investiga no Chile a origem da fortuna do falecido ditador. Segundo ele, há indícios de que houve desvio de dinheiro público, operado juntamente com o Banco del Chile. Tal juiz instituiu fiança de 51,4 milhões de pesos por responsabilidade civil, estabelecendo aos imputados ( Banco e a família de Pinochet) um prazo de dez dias para o depósito de tal quantia.
Essa decisão deixa ainda mais acalorada a eleição presidencial chilena. Enquanto a família Pinochet afirma ser eterna perseguida política, ambos os candidatos, ex-opositores dos regime, divergem quanto aos mecanismos presentes na legislação nacional para o combate à corrupção. Entre os argumentos mais interessantes, afirma-se a necessidade do Chile adequar-se ao Tribunal Penal Internacional, com normativos e procedimentos claros, bem como que os magistrados dêem determinadas garantias. Nesse sentido, ações como estas não estariam sujeitas apenas e tão somente à iniciativas pontuais de determinado juiz.
A deputada Isabel Allende Bussi, filha do ex-presidente Salvador Allende, recorda que, desde o início das investigações, ficou bastante claro que a fortuna pessoal de Pinochet não poderia ser proveniente apenas dos laudênios que recebia como chefe do Exército.
(RRA)
IBCCRIM - Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - Rua Onze de Agosto, 52 - 2º Andar - Centro - São Paulo - SP - 01018-010 - (11) 3111-1040